quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Apontamentos do Iowa (1)

Um congresso da APSA (American Portuguese Studies Association) levou-me bem longe, até Iowa City, a uma hora de voo de Chicago, mas numa outra outra América que não se alimenta de arranha-céus, táxis apressados ou profissionais com ar competente. Distante, portanto, das imagens estereotipadas que filmes e séries de televisão nos vão incutindo - mas ainda assim familiar em certo sentido, porque existe um imaginário construído que nos transporta para estes ambientes mais afastados das grandes metrópoles, aquilo a que, se quiséssemos usar um cliché, apelidaríamos de "América profunda". Ou, usando outro cliché, mais nosso, "o cu de Judas".
É uma pequena cidade, Iowa City, apesar de a sempre útil wikipedia  esclarecer que é a quinta maior cidade do Estado, com cerca de 68 000 habitantes. A impressão que me ficou foi de uma cidade meia adormecida, com uma downtown aborrecida e feia, apesar da enorme população estudantil. Falo da zona comercial, pois o rio, os bairros residenciais, a universidade, têm outros encantos de que farei apontamento mais adiante.
Iowa City foi a primeira capital do estado com o mesmo nome  (até 1857) e o Old Capitol - atualmente propriedade da universidade - disso faz testemunho. O edifício, com as suas colunas neoclássicas e a cúpula dourada, impõe-se na paisagem monótona da cidade, não sendo raros os turistas (americanos) que nele se detêm, máquinas fotográficas a disparar.
Estava frio, muito frio, e as incursões ao centro foram rápidas, para almoços de passagem. Mas não é aqui que Iowa me deixou marca na memória.






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